A violência está presente em todos os segmentos sociais e se manifesta de diversas formas entre as pessoas. Na escola é muito comum as crianças e jovens praticarem pequenos ou grandes atos que de uma forma ou de outra promovem a violência dentro do espaço escolar. Discriminação, apelidos, deboche e agressões verbais e físicas configuram esse ambiente. Ambiente este que deveria predominar ações voltadas para o respeito, a amizade e solidariedade. Esse comportamento sempre existiu no decorrer da história humana, mas nos últimos anos vem atingindo proporções gigantescas e passaram a ser vistas por médicos e professores como Bullying ( palavra inglesa que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar” .
A principal característica do Bullying é que a agressão é sempre intencional e se repete várias vezes sem uma motivação aparente.
O bullying presencial que, geralmente, acontece no contexto escolar atualmente está assumindo outras proporções: Cyberbullying. Essa nova modalidade está ocorrendo em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, blogs, redes sociais e site de relacionamentos como: Orkut, Facebook e salas de bate papo. É uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara.
Quando a escola enfrenta a violência, ela está contribuindo para que esta não perpasse os muros da escola, mas que os alunos aprendam a evitar a violência virtual e/ou presencial, e portanto evitar que isso reflita nas suas práticas cotidianas.
Nesse sentido, nos tópicos seguintes estaremos discutindo o assunto numa perspectiva global e local para dar um panorama sobre a violência nas escolas, para provocar uma discussão sobre o Bullying e a sua extensão via internet-o Cyberbullying, para sugerir ações para que as escolas enfrentem esse problema, buscando as possíveis soluções.
VIOLENCIA X BULLYING
A violência que acontece no contexto escolar vem preocupando pais, professores e a sociedade em geral. Através dos mecanismos da media, chegam ao nosso conhecimento relatos de agressões físicas, verbais e psicológicas que acontece dentro dos muros da escola entre os alunos e contra os próprios professores. Atualmente essa violência escolar recebe o nome de Bullying.
Se realizarmos uma pesquisa no Google sobre esse tema, logo encontraremos muitas noticias e comentários sobre situações de violência escolar. Por exemplo, recentemente um menino de apenas 9 anos de idade foi agredido pelos colegas em São Joaquim no estado de São Paulo só porque ele era gago [1]. Em Brasília, uma menina de 15 anos de idade foi cortada no abdômen e depois foi espancada por duas colegas de classe [2].
No mundo todo essa situação está presente, tendo em vista que os estudos mostram que esses problemas afetam um em cada 12 alunos no mundo.
Segundo a organização não governamental, a Plan, criada em 1937 e presente em mais de 60 países, apurou em pesquisa própria que, a cada dia, 1 milhão de estudantes sofrem algum tipo de violência ao redor do globo. No Brasil, de acordo com a ONG, 84% dos 12 mil alunos ouvidos em seis estados classificaram seus colégios como “violentos”, enquanto cerca de 70% deles disseram ter sido vítimas de violência dentro das instituições de ensino [3].
Nessa quinta-feira dia 22 de setembro de 2011. um menino de apenas 9 anos atirou contra uma professora dentro da sala de aula em São Caetano do Sul no ABC paulista. por vouta das 15h:30 min. De acordo com a prefeitura da cidade, o menino atirou na professora e depois se retirou e atirou na sua própria cabeça, morrendo algumas horas após os disparos. Há fortes indícios de que o menino sofria Bullying, tendo em vista que o mesmo posuia uma deficiência que o fazia marcar da perna [4].Esse caso mostra que a violência escolar vem assumindo proporções gigantescas no contexto escolar, e esse caso é apenas uma idéia do que acontece numa perspectiva global.
Nesse momento a escola deve refletir sobre a sua prática pedagógica, sobre qual é o seu papel na formação da personalidade do indivíduo.
Nesse momento a escola deve refletir sobre a sua prática pedagógica, sobre qual é o seu papel na formação da personalidade do indivíduo.
CYBERBULLING
O cyberbullying é um problema que está crescendo muito atualmente, tendo em vista que as pessoas utilizam muito as redes sociais como: Orkut, MSN, Face book, chats e salas de bate papo espalhadas por várias redes sociais na internet.
A revista nova escola , discutindo sobre esse tema, trás uma pesquisa pela Fundação Telefônica de são Paulo no ano de 2008. A mesma mostrou que 68% dos adolescentes ficam online pelo menos uma hora por dia durante a semana. Traz também um outro levantamento, feito pela ComScore que mostra que esse ano de 2011, revela que os jovens com mais de 15 anos acessam os blogs e as redes sociais 46,7 vezes ao mês (a média mundial é de 27 vezes por semana) [5].
Outro estudo publicado na mesma revista foi realizado pela Pew Research revelou que cerca de 30% dos adolescentes já foram vítimas de cyberbullying. E esse número tende a crescer. Segundo especialistas, o fato do agressor não se identificar pela Internet, isso facilita a ação dos agressores, que utilizam e sentem-se protegidos por perfis falsos nas comunidades e redes sociais.
A revista traz outra pesquisa realizada em 2010 pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento [5].
Um estudo feito pela Symantec em 14 países e publicado no Portal GLOBO.com. revelou Cerca de 80% das crianças já sofreram experiências negativas na internet, e quase metade sente medo da tecnologia. De a cordo o levantamento, as crianças brasileiras são as que passam mais tempo na web: aproximadamente 18,3 horas semanais, enquanto a média mundial é de 11,4 horas. Outra pesquisa, feita pela Norton online Family Report, mostra que 46% delas sentem medo da internet depois do incidente e 39% perdem a confiança no ambiente online [6].
Esses dados estatísticos mostram que o cyberbullying , merece séria atenção por todos, visto que a cada dia cresce o número de casos na internet. O cyberbullying com certeza traz sérios problemas psicológicos e é de certa forma até mais cruel do que o Bullying presencial, tendo em vista que o agressor usa o anonimato para dizer e fazer coisas que não diria cara a cara, daí a importância dos pais acompanhar o processo virtual dos filhos e ficar atentos para se certificar de que seus filhos não estejam sofrendo ou praticando a violência virtual.
Esses dados estatísticos mostram que o cyberbullying , merece séria atenção por todos, visto que a cada dia cresce o número de casos na internet. O cyberbullying com certeza traz sérios problemas psicológicos e é de certa forma até mais cruel do que o Bullying presencial, tendo em vista que o agressor usa o anonimato para dizer e fazer coisas que não diria cara a cara, daí a importância dos pais acompanhar o processo virtual dos filhos e ficar atentos para se certificar de que seus filhos não estejam sofrendo ou praticando a violência virtual.
PIAUI
Brigas, ameças, chutes, constrangimento psicológico e mensagens depreciativas via internet, também configuram o contexto escolar do estado do Piauí. Por exemplo, Segundo o portal piauiense O DIA [7].com, O bullying foi o motivo de um crime praticado por jovens em escolas, no Piauí. Um garoto14 anos, atingiu o pescoço de outro garoto de 15 anos, com um estilete. O mesmo morreu no local. O crime aconteceu no pátio da Escola Municipal Joaquim de Oliveira, localizada no povoado rural Simplício - a 18 quilômetros da cidade de Corrente, no final da tarde do dia 13 de abril de 2011.O portal noticiou que de acordo com o delegado da cidade, Fabrício Gois, o autor do crime relatou em depoimento que "não suportava mais tantas agressões e a ação foi um ato de defesa".
Para termos um panorarama mais preciso da situação a nível de Piaui, considere o seguinte caso:
Em campo maior um garoto de 13 anos foi obrigado pela professora de matemática e escrever no quadro, na frente dos colegas, palavras como: "burro,Ingorante, mentiroso e chato". O garoto chegando em casa contou para para sua mãe. A professora já foi convocada para prestar esclarecimentos perante o juizado e a família do garoto o BULLING gerado pela professora já foi transitado e julgado, e a sentença foi apenas que a professora deveria comprar um bebedouro para colocar na delegacia [8].
Além desses exemplos temos muitos outros que ilustram a situação violenta que muitas escolas do Piaui se encontram. Veja o vídeo a seguir que mostrará exatamente isso. O mesmo foir retirado do You Tube [9], e registra caso de bullying numa escola pública em Teresina.
Segundo o O DIA.com [10],A capital do Piauí está entre as 10 cidades brasileiros, onde segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são verificados os maiores índices de prática do bullying nas escolas. De acordo com os dados do IBGE, Teresina está em 10 o lugar no ranking das capital onde o bullying acontece.
De acordo com o portal O DIA.com [10], A Comissão de Administração Pública e Política Social da Assembléia Legislativa aprovou na reunião do dia 4 de maio o projeto de enfrentamento da prática do bullying nas escolas públicas e privadas do Estado. O projeto é de autoria da deputada estadual Lilian Martins (PSB), que é também secretária estadual de Saúde, e segue agora para aprovação em plenário, antes de receber a sansão governamental.
Na defesa do projeto, Lilian Martins argumentou que a prática do bullying está presente, inclusive, nas redes sociais de comunicação, o chamado cyberbullying. A proposta é buscar ações a serem adotadas pelas instituições de ensino para coibir ou inibir as "anomalias sociais". Segundo o projeto aprovado, Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Piauí prestará apoio às instituições de ensino envolvidas, podendo firmar convênios e parcerias para este fim.
A deputada ressalta a necessidade de aprovação do projeto apresentando estatísticas oficiais. Segundo ela, Teresina está em décimo lugar com o maior registro de alunos que declaram já ter sofrido agressões. Na capital, 30,08% dos estudantes estão nessa estatística. "É preciso que o Poder Público elabore normas imperativas com o objetivo de tutelar a integridade física e mental de crianças e adolescentes alvos dessas acusações", observa a parlamentar no projeto, destacando que ações desse tipo podem trazer conseqüências irreversíveis e danosas a várias pessoas.
A deputada ressalta a necessidade de aprovação do projeto apresentando estatísticas oficiais. Segundo ela, Teresina está em décimo lugar com o maior registro de alunos que declaram já ter sofrido agressões. Na capital, 30,08% dos estudantes estão nessa estatística. "É preciso que o Poder Público elabore normas imperativas com o objetivo de tutelar a integridade física e mental de crianças e adolescentes alvos dessas acusações", observa a parlamentar no projeto, destacando que ações desse tipo podem trazer conseqüências irreversíveis e danosas a várias pessoas.