Tendo em vista que o objetivo do blog é sugerir ações para que a escola enfrente o bullying e o cyberbullying, acreditamos que o processo de investigação acerca do tema no contexto escolar com a participação dos alunos e com a colaboração da equipe gestora da escola, além da contribuição da psicóloga, favorecerá um panorama do assunto, para então temos propriedade para darmos tais sugestões.
OBJETIVOS
- Aplicar um questionário para os alunos de uma escola pública e para uma escola particular para através deste investigar o seu entendimento sobre esse tema;
- Aplicar um questionário para a equipe gestora de uma escola pública e uma escola particular, para investigar a concepção da escola sobre o tema;
- Aplicar um questionário para uma psicóloga, a fim de termos uma compreensão maior sobre o assunto, numa perspectiva psicológica;
METODOLOGIA
A pesquisa de campo foi realizada na cidade de Teresina, Piauí eu duas escolas: uma escola pública com 32 alunos do 3º ano do ensino médio à qual chamaremos de escola A e uma escola particular com 18 alunos do 2º ano do ensino médio à qual chamaremos de escola B. Foi elaborado um questionário de 10 questões sobre o tema para os alunos e equipe gestora das respectivas escolas, e 10 questões para uma psicóloga. Os modelos dos questionários se encontram no procedimento investigativo desse blog.
RESULTADOS E DISCUSÕES
O processo de investigação iniciou-se entrevistando a orientadora pedagógica da escola A. Para ela, a palavra bullying é como uma “Forma de agredir as pessoas indefesas, que tem baixa auto-estima e que não reage frente a esse comportamento agressivo” Em relação à palavra cyberbullying, a mesma definiu como agressão pela internet.
Foi perguntada à orientadora com que freqüência a escola registra casos de bullying. A mesma respondeu que nunca foi registrado casos de bullying na escola. O que aconteceu foi um caso de um aluno que estava sendo perseguido por um grupo. Os pais da vítima preferiram tirá-lo da escola.
Em relação à pergunta: Como a escola investiga casos de bullying? Respondeu-se que a escola não faz investigações, mas que um caso de bullying foi detectado, pois o grupo que o praticava era pequeno, de modo que isso facilitou no momento de identificar ou agressores. Segundo a entrevistada a pessoa que sofre o bullying tem o seguinte perfil: é retraído, fala muito pouco e é introspectivo. Quanto ao agressor, o mesmo tem com o seguinte perfil: Quer ser popular, geralmente é indisciplinado.
Em relação à pergunta: Que intervenções poder ser feitas pela escola em casos de bullying praticados pelos alunos? A entrevistada respondeu que é importantíssimo conversar com os alunos, professores, se reunir com os pais para discutir sobre o assunto e abordar esse tema em sala de aula nas disciplinas de maneira interdisciplinar e principalmente abordar o tema em feira de ciências, campanha e outros.
Sobre a pergunta: A coordenação acha que a escola está preparada para esse fenômeno? Por quê? A entrevistada respondeu que nenhuma escola está preparada, porque lidar com pessoas é complicado, mas a partir do momento que se identifica é importante tomar medidas para que os envolvidos na prática do bullying recebam o atendimento ideal.
A respeito da pergunta A coordenação acha que a escola está preparada para esse fenômeno? Por quê? A entrevistada respondeu que as disciplinas Filosofia, sociologia e Ensino Religioso deviam trabalhar mais o assunto. A família também tem um papel fundamental em se reunir com a escola e juntas dialogarem sobre como trabalhar com esse tema com os alunos. Outra coisa interessante eu ela apontou foi a questão da conscientização dos alunos através de debates, peças teatrais, feiras e palestras que abordem o bullying e formas de combatê-lo.
Outra pergunta abordada foi a seguinte: Quais medidas de segurança são tomadas pela escola, para evitar casos de violência? A entrevistada respondeu que a vigilância no intervalo é redobrada, tendo em vista que toda a equipe técnica fica a postos nesse horário.
A última pergunta feita foi: como a escola conscientiza seus alunos acerca do assunto?A entrevistada respondeu que isso acontece através de eventos como feiras, campanhas, e também através de dinâmicas e sempre que pode organiza palestras sobre o assunto.
O mesmo questionário foi aplicado para a orientadora pedagógica da escola B. Para a mesma bullying é um termo de origem inglesa que ainda não há tradução no Brasil, utilizada para denominar comportamentos agressivos/violentos, de forma intencional e/ou repetitiva que acontece comumente no ambiente escolar praticados por um ou mais alunos contra outro aluno ou à grupos. Os alunos que o comentem acham natural essa atitude e querem sempre prevalecer-se e a vítima se intimida como forma de defesa, na maioria das vezes. A orientadora salientou que não tem como mensurar a freqüência em que a escola registra casos de bullying.
Segundo ela, o acompanhamento sistemático é realizado diariamente de forma a identificar os possíveis casos através das manifestações de comportamento dos alunos, como o isolamento, agressividade, passividade das possíveis vítimas diante de brincadeiras de cunho vexatório, dentre outras situações. Ao identificarmos a existência, seja por denúncia, identificação feita pelos professores, funcionários e, até mesmo pelo serviço de Orientação Educacional, de possíveis casos.É realizado uma investigação para verificar a veracidade dos fatos e dos envolvidos de forma discreta e sem deixar aparente a ação para que seja trabalhada de forma direta e/ou indireta. Quando perguntado Qual perfil dos alunos que sofre e/ou prática Bullying no espaço escolar , a mesma respondeu que não há um padrão específico. Como os alunos estão em fase de desenvolvimento físico, mental e emocional identificamos que, o que difere do ideal de aparência (estética) ou comportamento Por eles elegido dentro de seus grupos. Não há um padrão a ser classificado, as vítimas geralmente possuem aparência frágil, sensível, vulnerável psicologicamente do que seus pares e apresentam dificuldades de socializar-se e isso não constitui uma regra.
Quando perguntado, que medidas são tomadas para aqueles alunos que praticam o Bullying, a mesma respondeu que todos os alunos são trabalhados através de ações preventivas como palestras educativas, orientação individual e de grupo e, ainda, escuta qualificada e apoio ao aluno. A escola dispõe de um serviço de orientação Educacional- SOE, onde é feito o acompanhamento junto aos alunos, nos casos existentes, tanto as vítimas como os autores e as famílias fazem parte desse sistema de acompanhamento.
Em relação à pergunta: A coordenação acha que a escola está preparada para esse fenômeno? A entrevistada respondeu que o bullying é uma realidade muito presente no contexto escolar e isso exige da escola um constante aperfeiçoamento. A mesma disse que a referida escola encontra-se, permanentemente, em busca desse preparo com a equipe do serviço de orientação educacional composta pela psicóloga e assistente social. Ela acrescentou: “ Acreditamos num ideal a ser alcançado, pois trabalhar os valores no contexto escolar é uma preocupação constante.
Outra pergunta foi: Que ações a escola pode desenvolver para combater o Bullying e o Cyberbullying? A entrevistada respondeu que as ações são: palestras educativas e esclarecedoras sobre a temática, capacitação dos professores e funcionários da escola. Monitoramento sistemático nos ambientes da escola, acompanhamentos de casos existentes (autor, vítima e da família). Quanto a outra pergunta sobre medidas de segurança a mesma colocou que agir preventivamente, de acordo com as ações acima alencadas, para que esse fenômeno não se dissemine e não faça vítimas no ambiente escolar. A mesma ressaltou que na referida escola ainda não foi identificado possíveis casos de cyberbullying. A mesma também destacou que a escola conscientiza seus alunos através de ações educativas de cunho preventivo como anteriormente citado.
Continuando o processo de investigação, foi aplicado um questionário de 10 questões para os alunos do ensino médio na escola A e na escola B, e os resultados e as discussões a partir desses dados, estão apresentados a seguir.
O quadro 1 sintetiza o entendimentos que os alunos das escolas A e B tem sobre o bullying e cyberbullying.
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | ||
Escola A | Escola B | |||
O que você entende? | Bullying | Agressões intencionais, verbais ou físicas | 43,7 | 44,4 |
Ameaças, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. | 38,8 | |||
Brincadeiras de mau gosto | 25 | 11,1 | ||
Diversão inofensiva | ||||
Não soube responder | 15,6 | |||
Não respondeu | 9,3 | 5,5 | ||
Cyberbullying | Prática do bullying com o uso da internet | 65,6 | 77,7 | |
Prática do bullying utilizando recursos tecnológicos diversos | 6,2 | 16,6 | ||
Não soube responder | 28,1 | |||
Não respondeu | 6,2 | 5,5 |
Quadro 1. Respostas dos alunos sobre entendimento deles a respeito de bullying e Cyberbullying
Percebe-se que a maioria dos alunos da escola A (43,7 %), concebem o bullying como um ato intencional e acompanhado de agressões físicas e verbais. Em relação ao entendimento dos alunos sobre cyberbullying, 65,6 % responderam que se refere à prática do bullying na versão virtual. Tal concepção sobre cyberbullying perde de vista que essa prática acontece não apenas com o uso da internet, mas através de muitos outros recursos tecnológicos como, por exemplo, mensagens intimidadoras ou divulgação de imagens via celular. Para os alunos da escola B, a maioria deles também entende a palavra bullying como sendo um ato intencional e acompanhado de agressões físicas e verbais. Uma parte considerável dos alunos entende essa prática como uma forma de humilhação, intimidação e maus tratos. Em relação ao entendimento dos alunos da escola B sobre cyberbullying, este não é diferente do ponto de vista dos alunos da escola A, os mesmos entendem que essa prática está atuante apenas através da internet.
O quadro 2 mostra o percentual das respostas dos alunos das duas escolas referente à seguinte pergunta: você já sofreu e/ou praticou bullying na escola?
Resposta | % de alunos | |
Escola A | Escola B | |
Sim sofri | 40,6 | 55,5 |
Sim pratiquei | 9,3 | 27,7 |
Não sofri | 37,5 | 16,8 |
Não pratiquei | 68,7 | |
Não respondeu | 21,8 |
Quadro 2. Respostas dos alunos sobre se eles já sofreram e/ou praticou bullying.
De acordo com o quadro acima, que resume os dados da pesquisa, 40,6% dos alunos da escola A responderam que já sofreram bullying e 68,7% dizem que nunca praticaram. De acordo com os acontecimentos atuais percebe-se que essas respostas não refletem a realidade, tendo em vista que muitas pessoas sofrem e/ou praticam o bullying e não admite, seja por medo ou até mesmo por falta de informações sobre o que caracteriza tal prática. Em relação a escola B, 55,5% dos alunos responderam que já sofreram bullying e 27,7 responderam que já praticaram bullying. De acordo com essas respostas, na escola B, os alunos praticam e sofrem mais com essa prática do que a escola A.
O quadro 3, resume as principais informações referentes a opinião dos alunos das duas escolas sobre , segundo eles, o que leva uma pessoa a praticar o bullying.
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | |
Escola A | Escola B | ||
O que leva uma pessoa a praticar o Bullying? | Para se sentir melhor do que os outros | 18,7 | 27,7 |
Para se sentir popular na escola e obter uma boa imagem para si mesmo | 15,6 | 16.6 | |
Para se divertir ás custas dos outros | 9,3 | 11,1 | |
Para reproduzir o que acontece ou já aconteceu com o agressor | 25 | 44,4 | |
Não respondeu/ Não soube responder | 31,4 |
Quadro 3. Principais informações referentes a opinião dos alunos das duas escolas sobre , segundo eles, o que leva uma pessoa a praticar o bullying.
Um percentual significativo dos alunos da escola A (25%), opinaram que muitas vezes o praticante do bullying é alguém que já sofreu ou sofre bullying, de modo que segundo eles, essa prática reflete a reprodução de algo que acontece em casa. É como foi o que foi postado na abordagem multidisciplinar “Às vezes a prática do bullying começa no próprio lar. Muitas vezes os pais são agressivos com os filhos, dão mau exemplo. É importante que os mesmos ensinem pelo exemplo qualidades como solidariedade, respeito, altruísmo para que os filhos mostrem osso na escola e durante suas vidas nas práticas sociais”. Ao passo que a maioria (31,4%) não soube ou não responderam, mostrando assim que muitos não conseguem pensar nos motivos que leva alguém a praticar o bullying.Em relação a escola B, 44,4% dos alunos deram a mesma resposta dos alunos da escola A, mostrando assim que há entre eles um consenso de opiniões nesse assunto.
O quadro 4, mostra as respostas dos alunos referente à seguinte pergunta: Na prática do bullying como se sente: a vítima; o agressor.
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | ||
Escola A | Escola B | |||
Na prática do bullying como se sente | A vítima | Baixa auto-estima | 87,5% | 94,4 |
Pensamentos suicidas | 3,1 | 5,5 | ||
Sentimentos de vingança | ||||
Não respondeu | 9,3 | |||
O agressor | Sensação de prazer | 40,6 | 50 | |
Popular e respeitado | 34,3 | 27,7 | ||
Intimidador | 12,5 | 22,2 | ||
Não respondeu | 12,5 |
Quadro 4. Respostas dos alunos sobre o entendimento deles sobre Na prática do bullying como se sente: a vítima e o agressor.
A maioria dos alunos da escola A (87,5 %), respondeu que uma vítima do bullying se sente deprimida e com baixa auto-estima. Segundo o que o que foi discutido na abordagem multidisciplinar os principais problemas que uma vitima enfrentam são: “desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio”. Notou-se também que (40,6%) responderam que o agressor, ao praticar o bullying sente uma sensação de prazer, ou seja, se diverte à custa do sofrimento alheio. Os alunos da escola B, não responderam diferente, 94.4% deram a mesma resposta da dos alunos ad escola A sobre como se sente uma vítima do bullying. Quanto à pergunta sobre como se sente o praticante do bullying, 50% dos alunos da escola B deram a mesma resposta da escola A, mas um percentual de 22,2% deu uma resposta diferente, ao responder que o agressor se sente intimidador.
O quadro 5, mostra as respostas à seguinte pergunta: Em casos de bullying na escola,como a escola deve agir?
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | |
Escola A | Escola B | ||
Em casos de bullying na escola, como a escola deve agir? | Comunicas aos pais da vitima e do agressor | 15,6 | 27,7 |
Denunciar para o conselho tutelar e órgãos competentes | 3.1 | ||
Conversar com os envolvidos e suspendê-los/ punição | 25 | 16.6 | |
Encaminhar os envolvidos para apoio pedagógico e psicológico/trabalhar a conscientização | 37,5 | 50 | |
Não respondeu/ Não soube responder | 18,7 | 5.5 |
Quadro 5. Resposta à seguinte pergunta: Em casos de bullying na escola, como a escola deve agir?
Observa-se que 37.5 % dos alunos da escola A, acreditam que em casos de bullying, a escola deve intervir através de palestras, acompanhamento pedagógico e psicológico para trabalhar a conscientização e reflexão a cerca desse tema. Esse tema é muito pouco abordado no contexto escolar, principalmente em disciplinas como sociologia, filosofia e Ensino religioso. Muitas vezes a escola se preocupa tanto com provas, exercícios e resultados do que apostar em palestras, oficinas e atividades que tratem desse assunto, pensando em formar alunos críticos, solidários e sensíveis, capazes de promover o amor, o respeito e o altruísmo.A maioria dos alunos da escola B, 50% deram a mesma resposta dos alunos da escola A e 27% responderam que a prática deve ser denunciado para os pais.
O quadro 6 apresenta as respostas dos alunos referentes á seguinte pergunta: A escola sempre resolve os casos de Bullying denunciados? Como?
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | ||
Escola A | Escola B | |||
A escola sempre resolve os casos de Bullying denunciados? Como? | Sim/como? | Expulsa o agressor e encaminha a vitima para apoio psicológico | 3,1 | 55,5 |
Apenas conversa com os envolvidos e não toma medidas mais enérgicas. | 6.2 | 16,6 | ||
Denunciar para o conselho tutelar e órgãos competentes | ||||
Não respondeu | 9,3 | 5,5 | ||
Não | 81,2 | 77,7 |
Quadro 6.Respostas dos alunos referentes á seguinte pergunta: A escola sempre resolve os casos de Bullying denunciados? Como?
Um número assustador de alunos as escola A (81,2%) responderam que a escola não resolve os casos de bullying denunciados. De modo que a escola de certa forma acaba se omitindo e contribuindo para o crescimento dessa prática dentro do espaço escolar. De acordo com a discussão na abordagem multidisciplinar: “Importante refletir sobre qual é o papel da escola para enfrentar esse fenômeno. Em casos de bullying, a direção da escola tem a obrigação de se reunir com os pais, encaminhar as denúncias para os conselhos tutelares, caso contrário, a escola levará consigo a culpa por omissão e será responsabilizada pelos atos de violência. Quando ocorrer atos graves de violência, a escola deve fazer uma ocorrência policial, pois assim o assunto será averiguado e os agressores serão devidamente punidos no rigor da lei. Essas ações ajudar a combater a delinqüência e impede de certa forma que a violência perpasse os muros da escola.” Um percentual de 77,7% dos alunos da escola B. responderam que a escola não resolve os casos de bullying denunciados.
O quadro 7 mostra o as respostas dos alunos sobre a seguinte pergunta: Que tratamento a escola dar para a vítima?
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | |
Escola A | Escola B | ||
Que tratamento a escola dar para a vítima? | Comunicas aos pais da vitima | ||
Conversa com a vítima para entender o que está acontecendo | 18,7 | 22,2 | |
Não procura ajudar a vitima | 59,3 | ||
Encaminhar a vítima para apoio pedagógico e psicológico/ | 12.5 | 55,5 | |
Não respondeu/ Não soube responder | 9,3 | 22,2 |
Quadro 7. Respostas dos alunos sobre a seguinte pergunta: Que tratamento a escola dar para a vítima?
A maioria dos alunos da escola A (59,3) responderam que a escola não procura ajudar as vítimas, muitas vezes apenas conversa com ela, mas não toma medidas para ajudá-las mais plenamente. É importantíssimo que as vítimas sejam encaminhadas pra os profissionais que entendam do assunto para que as mesmas sejam ajudadas a superar os traumas e continuem no seu processo ensino- aprendizagem. Um percentual de 55,5% dos alunos da escola B respondeu que a escola encaminha a vítima para apoio pedagógico e psicológico.
O quadro 8 apresenta as respostas dos alunos referente a pergunta focal dessa investigação: Que ações a escola pode desenvolver para combater o bullying?
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | |
Escola A | Escola B | ||
Que ações a escola pode desenvolver para combater o bullying? | Organizar palestras e debates sobre o assunto | 75 | 72,2 |
Organizar reuniões com os pais para conscientizá-los sobre como identificar o agressor e a vitima | 5,5 | ||
Conscientizar os professores a criar projetos que tratem do assunto | |||
Tomar medidas para que os casos de bullying sejam identificados e os agressores e as vítimas recebam aparo psicológico e judicial | 9.3 | 11,1 | |
Não respondeu/ Não soube responder | 15,6 | 11,1 |
Quadro 8. Respostas dos alunos referente a pergunta focal dessa investigação: Que ações a escola pode desenvolver para combater o bullying?
75% dos alunos da escola A, responderam que a escola deveria investir em palestras, debates sobre o assunto. Até mesmo todos os professores, independentemente da sua disciplina de atuação, podem ser incentivados a desenvolver projetos que tratem do assunto para promover a conscientização dos alunos para adotarem uma postura de respeito e solidariedade para com o próximo. 72,2% dos alunos da escola B, deram a mesma resposta dos alunos da escola A, em que os mesmos acreditam que as palestras, debates e atividades que tragam o assunto como pauta contribuem para que se enfrente essa prática buscando combatê-la.
O quadro 9 resume as respostas dos alunos referente à seguinte pergunta: Alem do bullying, você já sofreu outro tipo de violência escolar? Quais?
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | ||
Escola A | Escola B | |||
Alem do bullying, você já sofreu outro tipo de violência escolar? Quais? | Sim/Quais | Agressões com o uso de qualquer objeto ou violência moral | 6,2 | |
Agressões com uso de objetos cortantes | ||||
Obrigado a consumir drogas/bebidas alcoólicas | ||||
Não respondeu | 15,6 | 5,5 | ||
Não | 78,1 | 94,4 |
Quadro 9. Respostas dos alunos referentes à seguinte perguntam: Alem do bullying, você já sofreu outro tipo de violência escolar? Quais?
Percebe-se que 78,1% dos alunos da escola A não sofreram outro tipo de violência como cortes com uso de objetos cortantes e outros atos de violência. 94,4% dos alunos da escola B responderam, assim como os alunos da escola A, que não sofreram outros tipos de violências.
O quadro 10 apresenta as respostas sobre a seguinte pergunta: Você possui conta em redes sociais como: Orkut, Facebook, MSN, Twiter? Você já sofreu, praticou ou presenciou casos de cyberbullying em tais redes sociais
Pergunta | Respostas dos alunos | % de alunos | ||
Escola A | Escola B | |||
Você possui conta em redes sociais? | Sim | Orkut, Facebook, MSN, Twiter, já sofri bullying | ||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, já pratiquei bullying | 5,5 | |||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, e nunca preseciei bullying. | ||||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, já presenciei bullying | ||||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, já sofri bullying mas nunca pratiquei | ||||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, nunca sofri e nem pratiquei bullying, mas já presenciei | 28,1 | 44,4 | ||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, nunca pratiquei, mas sofri bullying | ||||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, já presenciei, mas nunca sofri bullying | 3,1 | 22,2 | ||
Orkut, Facebook, MSN, Twiter, mas nunca presenciei, sofri ou pratiquei bullying | 46,8 | 27,7 | ||
Não respondeu | 12,5 | |||
Não | 9.3 | 5,5 |
Quadro 10. Respostas sobre a seguinte pergunta: Você possui conta em redes sociais como: Orkut, Facebook, MSN, Twiter? Você já sofreu, praticou ou presenciou casos de cyberbullying em tais redes sociais.
Observa-se que 46,8% dos alunos da escola A responderam que estão cadastrados em redes sociais como: Orkut, Facebook, MSN, Twiter, mas segundo eles,nunca presenciaram, sofreram ou praticaram bullying. Essas respostas não correspondem a realidade, pois, sabe-se que hoje que, há cada dia cresce o número de casos de bullying na internet, tendo em vista que o agressor usa o anonimato para dizer e fazer coisas que não diria cara a cara. Por isso, muitas vezes sem nos darmos conta, praticamos e/ou sofremos bullying através das redes sociais. 27,7% dos alunos da escola B responderam que possuem contas em tais redes sociais e deram respostas parecidas com os alunos da escola A.